Covid-19: Centro de acolhimento tem baixa procura

O Centro de Acolhimento para pessoas infectadas com a Covid-19 em Salvador ainda possui baixa procura, mesmo com o aumento do número de casos registrados na capital baiana, segundo a coordenadora do local, Nay Wendy, que concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 29, ao programa ‘Isso é Bahia’, da rádio A TARDE FM.

Nay Wendy destaca que o Centro, que funciona no antigo prédio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Itapuã, teve um leve aumento de procura nos últimos dias, com 32 pessoas internadas em quarentena, mas chegou a ter uma média de cinco pessoas por dia. A capacidade do local é de 300 vagas.

“Infelizmente, isso deve acontecer porque as pessoas não conhecem a existência do nosso trabalho e acabam não procurando”, explica a coordenadora.

Ela explica que o local não atende apenas pessoas de baixa renda, mas qualquer um que seja comprovadamente diagnosticado com Covid-19 e que não tenha condições de manter o isolamento social sem contaminar outras pessoas.

“Tem pessoas que, por exemplo, moram com muitas outras em casa, têm espaço como cozinha e banheiro compartilhados com familiares e risco de contaminação grande”, alerta.

O Centro também possui outro local para atendimento no Rio Vermelho, com mil vagas. Contudo, este só vai começar a funcionar quando a sede de Itapuã alcançar uma taxa de ocupação superior a 75% dos leitos.

Segundo Nay Wendy, o Centro de Acolhimento para Covid-19 tem uma parceria com alguns médicos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e realiza acompanhamento médico via telemedicina.

“Aqui tem acompanhamento com psicologia, serviço social, enfermagem 24 horas que afere sinais vitais, faz curativo, terapeuta ocupacional e alguns voluntários de inúmeras profissões”, destaca.

Os voluntários recebem um treinamento da equipe antes de começarem a atuar no auxílio às pessoas infectadas com Covid-19 que estejam realizando o isolamento social no Centro.

Fonte: Jornal A Tarde