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Destruição das florestas e surgimento de novos vírus

Destruição das florestas e surgimento de novos vírus

02/09/2020 às 11h56 Atualizada em 02/09/2020 às 14h56
Por: Redação
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Evento realizado pelo PRI, entidade ligada à ONU, debate a relação entre a destruição das florestas e o surgimento de novos vírus.

Principles for Responsible Investment (PRI), entidade ligada à ONU que congrega investidores preocupados com fatores socioambientais, fará nesta quarta-feira, 2, um seminário para discutir sobre a relação entre desmatamento e pandemia.

O evento deve começar as 12h (horário de Brasília) e também irá abordar maneiras de reduzir os riscos ambientais nos portfólios de investimentos. Representantes de fundos de investimentos críticos ao avanço do desmatamento no Brasil, como o norueguês Storebrand, vão participar do evento, que deve trazer mais questionamentos à política do governo brasileiro em relação à proteção da Amazônia e do Pantanal.

Essa relação entre a destruição das florestas e o surgimento de novos vírus é estudada há anos — até hoje, cientistas tentam explicar como a Amazônia ainda não foi o berço de uma epidemia. Pelo menos nos últimos 50 anos, as perturbações do homem com a mata, principalmente em relação ao desmatamento, se intensificaram cada vez mais.

Um estudo do Ipea de 2015, por exemplo, constatou que, para cada 1% de floresta derrubada por ano, os casos de malária aumentam 23% na Amazônia. Dos anos 70 para cá, segundo um relatório bianual do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, da sigla em inglês), o desmatamento reduziu 20% da Floresta Amazônica e 50% do Cerrado.

Só em junho deste ano, a mata registrou 1.034,4 km² de área desmatada, um recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado do semestre, os alertas indicam devastação em 3.069,57 km² da floresta, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os riscos aumentam considerando que o desmatamento cresce em ritmo acelerado. Nas unidades de conservação da Amazônia – que, por lei, deveriam ser mais protegidas de devastação – a destruição foi ainda pior que na floresta como um todo. As perdas registradas nas áreas protegidas do bioma atingiram 1.008 km² entre agosto de 2019 e julho deste ano, alta de 40% em relação aos 12 meses anteriores. Os dados são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e foram analisados pela organização WWF-Brasil.

 

Fonte: Revista Exame

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