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Em entrevista, Rui Costa cobra mais celeridade do Governo Federal nas ações de combate à Covid-19

Em entrevista, Rui Costa cobra mais celeridade do Governo Federal nas ações de combate à Covid-19

30/03/2020 às 21h00 Atualizada em 31/03/2020 às 00h00
Por: Redação
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O governador Rui Costa concedeu entrevista para a Revista Fórum, transmitida ao vivo pela internet, nesta segunda-feira (30), quando pontuou as ações adotadas na Bahia para combater o avanço do novo coronavírus. O estado registra 156 casos confirmados e uma vítima fatal da Covid-19.

O governador ressaltou a importância do isolamento como estratégia para achatar a curva no número de casos no estado. Além disso, ele criticou a demora na tomada de decisões por parte do Governo Federal. “Estamos enfrentando dificuldades para aquisição de respiradores e a escassez de máscaras N-95 que são as utilizadas pelos profissionais de saúde. Os recursos destinados pelo Governo Federal via Ministério da Saúde são insuficientes para este momento de crise. Recebemos até agora R$ 32 milhões, o que equivale a R$ 2 por cidadão baiano, e há previsão de que sejam encaminhados mais R$ 44 milhões. Os estados estão com muitas dificuldades para conseguir os insumos de saúde e ainda tem a demora do Governo Federal”.

Rui também criticou a centralização das compras dos insumos junto ao Ministério da Saúde. “Não dá pra entender essa estratégia e só faria sentido se fosse para conseguir redução no preço dos produtos. Estamos aguardando o envio de respiradores e só posso acreditar que eles não conseguiram comprar ou estão com dificuldades para distribuir esse material. Estamos cobrando uma manifestação mais urgente do Ministério da Saúde”.

Quando questionado sobre as aparições públicas de Jair Bolsonaro, no último domingo (29), o governador baiano afirmou que o presidente não está tratando a pandemia com a seriedade necessária. “Como cidadão, pai de família, fico indignado com a postura do presidente da República. Ele fica brincando, quando a ele cabe coordenar as ações para salvar as vidas humanas. Líderes mundiais fazem ações sérias e viabilizam a liberação de recursos de montantes inéditos. Os governadores querem que o presidente sente na cadeira da República e trate a questão com seriedade. Ele é um péssimo exemplo para o mundo inteiro e nos causa vergonha”, disse.

O uso da cloroquina também foi abordado na entrevista. Rui comentou a repercussão sobre o uso do remédio no paciente de 74 anos que morreu em função da Covid-19, em Salvador, no último domingo (29). O governador explicou que não há uma relação direta entre a morte e o uso do medicamento. “Este paciente estava internado em estado grave e acredito que o uso da cloroquina foi um recurso final da equipe médica diante da situação grave em que o paciente estava. Isso é bem diferente do que foi veiculado por parte da imprensa que atribuía a morte ao uso desse tipo de medicamentos. Não me parece que há essa relação de causa e efeito”.

Rui aproveitou o momento para esclarecer que as partidas de futebol na Bahia continuam suspensas, sejam com ou sem público. Ele ainda pontuou que as ações do Governo do Estado continuam com foco na ampliação do número de leitos e no reforço nos serviços de atenção básica de saúde e, para isso, estão sendo inauguradas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

 

Fonte: Secom  - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

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