Após o texto da reforma da Previdência ter sido aprovada na comissão especial sem atender regras de aposentadoria mais brandas para policiais federais e rodoviários federais, o presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta sexta-feira que "possíveis equívocos" da reforma da Previdência poderão ser corrigidos no Plenário. Segundo ele, o governo não é "infalível" e que, agora, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), está no comando.
- Tem equívoco, mal-entendido. Às vezes exageram. Com a sensibilidade que existe no parlamento isso aí vai ser corrigido. Não acabou ainda a reforma da Previdência. Mais que isso depois da Câmara, ainda tem Senado - disse Bolsonaro, em um evento de celebração do 196º Aniversário de criação da Batalhão da Guarda Presidencial e 59° da sua transferência para Brasília.
Após 17 horas de sessão, a comissão especial concluiu a análise da reforma da Previdência, na madrugada desta sexta-feira. Dos 17 destaques, 13 foram derrubados, dois retirados e dois aprovados. Apesar de Bolsonaro ter saído em defesa de regras mais brandas para a aposentadoria de policiais federais e rodoviários, elas foram rejeitadas pela comissão.
Agora, a reforma segue para a análise do plenário da Câmara. O presidente da Casa disse que irá iniciar os debates sobre a reforma na próxima terça-feira, com o objetivo de votar o texto já na próxima semana.
Sem precisar a data, o presidente sinalizou ainda que vai se encontrar com Maia e o ministro da Economia, Paulo Guedes , para debater possíveis alterações no texto.
- Fizemos a nossa parte, entramos com o projeto. Agora, o governo não é absoluto, infalível, algumas questões serão corrigidas, com toda a certeza, junto ao plenário. O comando agora está com o presidente Rodrigo Maia.
Após ser chamado de "traidor" por representantes de policiais, Bolsonaro afirmou também que está disposto a se reunir com lideranças e quem mais quiser conversar de "forma civilizada".
- Nós vamos conversar, vamos trazer o Paulo Guedes para conversar também, trazer demais lideranças, e quem quiser conversar de forma civilizada, estamos disposto a conversar. Tenho certeza que ainda podemos corrigir, não digo injustiça, mas possíveis equívocos que porventura ocorreram até agora - disse.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro participou da celebração do 196º Aniversário de criação da Batalhão da Guarda Presidencial e 59° da sua transferência para Brasília. Estiveram no evento os ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, além do líder do governo no Câmara, Major Vitor Hugo.
Fonte: O Globo
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