Desde meados de março, quando o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus começou a crescer exponencialmente nos Estados Unidos e obrigou o fechamento de empresas, pouco mais de 30 milhões de trabalhadores entraram com pedido de seguro-desemprego no país. A previsão é que esse número aumente em pelo menos 3 milhões de pessoas no relatório que será divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Departamento de Trabalho, referente aos pedidos de seguro-desemprego feitos na semana passada.
Amanhã, o Departamento de Trabalho deve divulgar outro dado que vai compor o quadro dramático do mercado de trabalho no país: a taxa de desemprego de abril. Segundo economistas ouvidos pelo diário Wall Street Journal, esse índice deverá se situar em torno de 16%, o pior número desde que o governo começou a compilar esse dado, em 1948. Até agora, em sete décadas, nunca essa taxa ficou acima de 10,8%. O colapso é ainda mais impressionante porque, não faz muito tempo, em fevereiro, o presidente Donald Trump se gabava de que seu governo havia derrubado a taxa de desemprego para 3,5%, a menor taxa em mais de 50 anos.
Se as estimativas se confirmarem, somente no mês de abril terão evaporado 22 milhões de empregos nos Estados Unidos – mais que o total de vagas criadas ao longo de uma década. Até então, o pior mês tinha sido setembro de 1945, quando o país eliminou quase 2 milhões de postos de trabalho por causa da desmobilização ocorrida ao término da Segunda Guerra Mundial.
Segundo especialistas, a taxa de desemprego a ser divulgada amanhã não vai capturar toda a dramaticidade atual, uma vez que o levantamento considera como desempregadas somente as pessoas ativamente em busca de recolocação no mercado de trabalho.
Fonte: Revista Exame
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