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Grupo União Química inicia produção da vacina Sputnik V no Brasil

Grupo União Química inicia produção da vacina Sputnik V no Brasil

25/01/2021 às 10h36 Atualizada em 25/01/2021 às 13h36
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Fabricação foi iniciada com um lote-piloto de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo do imunizante.

Mais de 10 locais na Índia, China, Brasil e Coreia do Sul iniciaram a fabricação da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, anunciou o chefe do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), Kirill Dmitriev, em entrevista ao canal de TV Russia-24. O uso do imunizante ainda não foi autorizado no país – na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devolveu o pedido, solicitando mais documentos e adequeção de alguns já existentes. Dmitriev informou que pretende resolver as questões pendentes para aprovação "nas próximas semanas".

Com capital 100% nacional e complexo manufatureiro de biotecnologia nos Estados Unidos, o Grupo União Química é o responsável pela produção no Brasil. De acordo com Rogério Rosso, diretor de negócios internacionais da empresa, a fabricação foi iniciada com um lote-piloto de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo do imunizante. Ele afirma que será possível produzir oito milhões de doses por mês no país, assim que a planta da farmacêutica em Brasília, a Bthek, estiver operando em capacidade máxima. A expectativa é aumentar o nível de produção ainda em fevereiro.

Hoje, o país não tem doses suficientes de IFA para dar continuidade à vacinação com o imunizante produzido pelo Instituto Butantan/Sinovac nem com o da Universidade de Oxford/AstraZeneca. O governo federal se apressa, no momento, para importar esse insumos da China e da Índia.

Representantes do Grupo União Química se reuniram com diretores da Anvisa para falar sobre o uso emergencial da Sputnik V no Brasil. Na semana passada, a farmacêutica protocolou na agência um pedido para a utilização de 10 milhões de doses no país — quantidade que a empresa pretende distribuir ainda no primeiro trimestre deste ano.

No último sábado (16), contudo, a Anvisa rejeitou o pedido enviado na véspera, alegando que o documento não cumpria "requisitos mínimos" para a aplicação emergencial das doses no Brasil. Já na quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu 72 horas para que a agência confirme o recebimento do pedido, o estágio de análise do requerimento e eventuais pendências para a aprovação do imunizante.

Em nota divulgada após a reunião, a Anvisa afirmou que o laboratório disse estar interessado "em cumprir todas as etapas regulatórias exigidas pela Anvisa para avançar com os estudos clínicos no Brasil". Não foram, porém, apresentados documentos novos para a autorização da pesquisa no país nem submetido pedido de uso emergencial.

De acordo com a agência, uma nova reunião de caráter técnico deve ser realizada para avançar no processo da vacina. A data do encontro não foi divulgada. A Sputnik V começou a ser aplicada na população russa no final de novembro do ano passado. Segundo seus desenvolvedores, ela teria 92% de eficiência contra a covid-19. No entanto, os estudos sobre o imunizante não foram ainda revisados por especialistas de outros países.

Em 11 de agosto, a Rússia foi a primeira no mundo a registrar uma vacina contra a Covid-19. A fórmula foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia do Ministério da Saúde da Rússia, Gamaleya. A Sputnik V é uma vacina de vetor baseada em adenovírus humano.

 

Fonte: Jornal Correio do Povo

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