A Justiça de São Paulo decretou prisão temporária de 15 dias para a cuidadora do médico que morreu após passar mal durante uma tentativa de assalto. O pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil, após a mulher entrar em contradição e admitir informalmente ter participado do crime.
A prisão temporária é determinada como forma de garantir o êxito de uma investigação, antes mesmo de haver uma denúncia. Isso não significa que o suspeito deverá permanecer preso até um eventual julgamento.
O médico Murilo de Oliveira Villela tinha 93 anos e estava dentro de seu apartamento, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, quando criminosos invadiram o local. O homem foi amarrado e amordaçado.
A cuidadora, que não teve o nome divulgado, prestou depoimento até a madrugada desta sexta-feira (21) e ficou detida após depor. A advogada da mulher não quis falar com a imprensa após o fim do depoimento.
Vídeos de segurança são analisados - Imagens do sistema de segurança do prédio estão sendo analisadas. O vídeo mostra que às 4:40 da madrugada de quinta-feira (20) dois homens se aproximam do prédio. Um deles, que usava boné, tinha uma chave. Outro homem, no entanto, é quem abre o portão, usando uma segunda chave. A polícia afirma que eles são os ladrões. Um terceiro criminoso chega correndo e também entra no edifício.
Depois de quase vinte minutos, os criminosos foram embora. O primeiro abriu a porta com a chave. O segundo desceu a escada com um pequeno cofre enrolado num pano. Dentro do cofre havia menos de R$ 2 mil. O terceiro levava uma bolsa cheia de objetos.
Endereço escolhido com antecedência - A polícia sabe que os ladrões escolheram o endereço com antecedência. O apartamento da vítima ficava no primeiro andar. O médico tinha dificuldade para andar. Apesar dele ter sido dominado na cama, amarrado e amordaçado, a perícia não encontrou sinais de agressão. Os laudos vão apontar a causa exata da morte do idoso.
Para a policia, ele passou mal e morreu enquanto os bandidos reviravam o apartamento. Na hora do assalto, a cuidadora também estava no apartamento e foi amarrada a uma cadeira. A polícia investiga se os bandidos tiveram ajuda de outras pessoas no assalto.
O médico aposentado era conhecido por ter participado das expedições dos irmãos Villas-Bôas às comunidades indígenas índios do Xingu, que começaram na década de 1940 e duraram vários anos.
Fonte: G1 - São Paulo
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