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Maior criação de empregos no quadrimestre em 10 anos no setor agropecuário

Maior criação de empregos no quadrimestre em 10 anos no setor agropecuário

07/06/2021 às 08h44 Atualizada em 07/06/2021 às 11h44
Por: Redação
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O saldo líquido de empregos formais no Brasil alcançou em abril a marca de 120.935 novas vagas, sendo 11.145 na agropecuária. Com isso, o número de postos gerados no campo é superior ao de março (3.535), e ao mesmo período de 2020 (-4.999). No acumulado do ano são 70.721 novas colocações, melhor resultado do setor para o quadrimestre desde 2011.

Com 4.249 admissões, e 2.681 desligamentos, o saldo de novas posições no agronegócio baiano em abril foi de 1.568. A maioria das oportunidades foram criadas na pecuária, criação animal, lavoura, horticultura, produção florestal, pesca e aquicultura. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as atividades que mais contribuíram para o bom resultado de abril foram o cultivo de café e cana-de-açúcar, criação de bovinos para corte, e produção de sementes certificadas.

“A agropecuária mantém sua trajetória de crescimento, contribuindo para o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021, aumentando sua importância na economia nacional, e também mundial, especialmente em termos de exportações e empregos. O setor mostra resiliência, mesmo diante de mais um ano atípico, em função das adversidades climáticas, que levaram à prorrogação dos plantios e prejudicaram as colheitas”, informa a CNA por meio da assessoria de imprensa.

Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 1º, o PIB do Brasil registrou alta de 1,2% no primeiro trimestre de 2021, em comparação ao quarto trimestre de 2020, com a maior contribuição vindo da agropecuária (5,7%), seguido da indústria (0,7%), e serviços (0,4%).

Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1%. A agropecuária cresceu 5,2%, em relação a igual período de 2020, enquanto indústria e serviços registraram variação de 3,0% e - 0,8%, respectivamente.

De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento do setor decorre ainda tanto do volume de grãos produzidos no país, quanto dos preços elevados de soja e milho no mercado internacional. Segundo projeção da Conab, a produção de soja na safra 2020/2021 deve alcançar 135 milhões de toneladas, 8,5% a mais que na anterior.

Balança comercial

Em relação ao arroz, a estimativa da Companhia é de 11,6 milhões de toneladas, crescimento de 3,9% em relação à safra anterior. A elevação do preço da carne bovina também contribuiu para o desempenho da agropecuária no primeiro trimestre de 2021.

Falando em exportações, graças ao agronegócio, o saldo da balança comercial total do Brasil é positivo em US$ 10,3 bilhões. Em abril, o país registrou o terceiro mês consecutivo de crescimento das exportações de produtos do agronegócio frente ao mesmo período de 2020. Foram US$ 13,6 bilhões e 25,8 milhões de toneladas.

Estabelecimentos agropecuários da Bahia exportaram mais de US$ 1,2 bilhão até abril, 13% acima de igual período de 2020, destaque para a produção de frutas.

O principal produto da pauta exportadora do agronegócio brasileiro em abril foi soja em grãos, que teve participação de 53,1%, ao atingir um valor de US$ 7,2 bilhões –, aumento de 43,1% em relação ao mesmo período de 2020. Seguido de farelo de soja, celulose, carne bovina in natura, carne de frango, açúcar de cana, café, algodão, óleo de soja e carne suína.

“A alta do dólar ampliou a receita com os embarques, o que, aliado ao já denominado novo superciclo de commodities na praça, tende a favorecer picos de exportação para o produto, bem como de outros da face agrícola desse fenômeno. Básicos na alimentação humana e animal, milho e soja são grãos que continuaram a subir nas bolsas internacionais em abril, e não há no radar sinais de queda”, afirma o coordenador de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Arthur Cruz.

De acordo com dados da SEI e do IBGE, no primeiro trimestre de 2021, o total de ocupados no agronegócio na Bahia foi de 1,7 milhões de pessoas, – crescimento de 7% em relação ao trimestre anterior.

Ainda de acordo com projeção da CNA, para os próximos meses do ano, a agropecuária deve seguir “com bom desempenho, mesmo com menor volume produzido na segunda safra”. “Na atividade global, as expectativas ainda não estão totalmente claras, já que dependem mais fortemente da evolução da pandemia, da necessidade de manutenção das medidas restritivas e da evolução do calendário de vacinação”, diz o texto.

Fonte: Jornal A Tarde

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