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Mais de 4 mil pessoas desfilaram em comemoração aos 197 anos da Independência do Brasil, em Alagoinhas

Mais de 4 mil pessoas desfilaram em comemoração aos 197 anos da Independência do Brasil, em Alagoinhas

10/09/2019 às 11h45 Atualizada em 10/09/2019 às 14h45
Por: Redação
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O desfile de 7 de setembro, no interior baiano, foi marcado pela participação popular e pelo número expressivo de crianças que se caracterizaram para a apresentação no centro da cidade – no total, cerca de 1.250 estudantes das escolas públicas municipais estiveram no circuito oficial para o ato cívico.

O prefeito Joaquim Neto, que participou do hasteamento das bandeiras, pouco antes das 8h, ao lado do Tenente Coronel Geraldo dos Santos, diretor-geral do Colégio da Polícia Militar, e do presidente da Câmara, Roberto Torres, destacou, no pronunciamento, o significado da data que, segundo ele, representa a “alma libertária do povo brasileiro”.

O chefe do Executivo Municipal falou sobre o sentimento de transformação visível na cidade, sobre os avanços conquistados, como a reforma dos prédios escolares, as grandes obras estruturantes em andamento, a revitalização de espaços públicos de esporte e lazer e o sentimento de identificação e pertencimento que inspiraram a busca por melhorias.

“Vamos em frente porque a nossa cidade e o nosso país precisam da vibração da nossa alma em favor do desenvolvimento dessa terra. Muitas são as datas importantes do nosso Brasil, mas nenhuma tem o peso, o significado do 7 de setembro. O que vimos hoje em forma de desfile, além das tradicionais honras militares, foram apresentações que em tudo dizem sobre a nossa cidade, as nossas raízes, nossas riquezas naturais, a água dos nossos rios e lagoas, o cuidado com o meio ambiente, a inclusão, a educação, o esporte, a ancestralidade e as manifestações culturais da nossa terra. Neste 7 de setembro, estamos na rua com ainda mais entusiasmo que nos anos anteriores, certos de que as cores, as faixas, a data comemorativa, só façam revigorar o ânimo de trabalhar pelo povo da nossa terra”, afirmou Joaquim Neto, que aproveitou a data cívica para entregar à população, também na manhã de sábado (7), a Praça J. J. Seabra, completamente requalificada pela gestão municipal. Segundo ele, é preciso responder com trabalho às demandas e necessidades da comunidade. A obra era aguardada há anos pela população e foi entregue antes da abertura do ato cívico oficial.

Na Praça da Bandeira, o fim do pronunciamento abriu a etapa de honras militares e apresentações. O desfile foi iniciado após a revista às tropas, com reservistas do Exército, Polícia Militar, Colégio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, PRF, Guarda Civil e Juizado da Infância e da Juventude. Policiais do 4° BPM se dividiram entre Guarda Bandeira, pelotão feminino, Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) e grupamento dos motociclistas.

Também participaram do desfile a APAE Alagoinhas, a Escola Evangélica Raio de Vida, a Objetiva Ramili, o CETASS, a Pastoral do Menor, a Secretaria Municipal de Saúde, com o CAPS, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo (SECET), com grupos de desportistas, a Banda Marcial Tradicional e a Frente Brasil Popular, além das escolas municipais Alaíde Santana, Tiradentes, Jorge Amado, Dom Avelar, Marco Maciel, Dr. Jairo Azi, Irene Andrade, Colégio Municipal de Alagoinhas e Escola Comunitária Nova Esperança, que levou, para o circuito, um pelotão especial sobre história, memória e ancestralidade das comunidades tradicionais quilombolas.

“Viemos tentando resgatar a cultura africana. Esse pelotão inicial, por exemplo, é de um livro chamado ‘Obá’, que conta a história de uma menina africana que vivia em uma aldeia muito simples com a família. A intenção é resgatar a cultura africana. Acho importante até para as crianças, para que elas saibam mais e tenham um olhar para a nossa raiz. Minha filha mesmo chegou em casa falando ‘mãe, preciso saber como é esse livro, minha professora mandou pesquisar’. É importante para que muitas crianças possam conhecer”, relatou Valcineide de Santana, vice-presidente da associação do Cangula.

As alas apresentadas encheram o centro da cidade com símbolos da cultura local. Não foi a primeira vez que as escolas de comunidades tradicionais participaram do ato cívico com pelotão próprio. No ano passado, os estudantes levantaram a bandeira da “diversidade com afetividade”. Em 2019, as escolas lembraram lendas africanas, personagens e cobraram igualdade racial, falando sobre representatividade, combate à intolerância e valorização das raízes ancestrais.

 

Para Meire Moraes, que assistiu a todo o percurso, desde o início da solenidade, na manhã de sábado, o resultado foi mais um grande desfile na data cívica. “Venho todo ano, pelo amor a esse país, de verde e amarelo. É a minha cidade. Que seja sempre o melhor. Eu amo isso”, pontuou a moradora.

O Comandante do 4° Batalhão, Tenente Coronel Reginaldo Moraes, salientou que a Polícia Militar participa do desfile sem descuidar da segurança no perímetro do circuito. Segundo ele, mais de 40 policiais trabalharam no entorno do percurso, além dos efetivos da Guarda Civil, para garantir a diversão com tranquilidade e segurança às famílias. “É uma data importante para todo o país, a data maior da Independência, que começou aqui na Bahia, e a Polícia Militar não poderia ficar de fora”, enfatizou.

Mais de 4 mil pessoas, entre militares, autoridades, estudantes, entidades civis, organizações filantrópicas, governamentais e associações culturais do município desfilaram no circuito oficial, em Alagoinhas.

O encerramento, este ano, contou com a participação vibrante do Olodum, uma das mais importantes expressões da música brasileira, que desembarcou no interior baiano com seus 40 anos de história para encher de energia, movimento, ritmo, referências e animação a praça pública, a rua e adjacências no centro de Alagoinhas.

Participação popular: “É uma festa que não devia nunca acabar, o 7 de setembro”, diz Dona Elisa Santos, aos 80 anos de idade, em Alagoinhas.

O povo encheu as ruas, no centro da cidade, para acompanhar o desfile. Seja para assistir, gritar, cantar junto, manifestar posição política, reivindicar, aplaudir, parabenizar, protestar, celebrar ou simplesmente ver de perto o desfile, a população, em Alagoinhas, compareceu e participou ativamente. Entusiasmadas, as crianças brincaram, se caracterizaram com as cores da pátria, levantaram bandeiras da inclusão, da arte, e ajudaram a contar um pouco da história da Independência. No circuito, teve militar mirim, performance, percussão e união entre gerações.

“É uma festa que não devia nunca acabar, o 7 de setembro. Apresenta as crianças, e isso no país inteiro. Eu gosto muito. Eu disse para o meu menino que ia acordar 4 horas da manhã para chegar cedo. Eu perco é nunca. Enquanto eu tiver vida, eu estou aqui”, comentou Dona Elisa Santos, aos 80 anos de idade, que saiu da zona rural, no Limoeiro, para ver o desfile no centro da cidade.

Para Marta Ribeiro Pinto, que também acompanhou com entusiasmo a solenidade, o desfile agrega e encanta pelos detalhes. “Venho todos os anos. Gosto de prestigiar e gosto de participar mesmo, desde pequenininha. Meu pai me trazia, aí eu cresci, trouxe minhas filhas, agora elas já estão crescidas e eu continuo vindo. Participo também da confecção das roupas junto com a Secretaria de Educação, então o 7 de setembro está no sangue, tá na minha alma. A gente trabalha com muito carinho, para sair coisas muito bonitas, para todo mundo prestigiar e vir novamente no ano seguinte”, declarou Marta Ribeiro, que avaliou positivamente o desfile deste ano.

No total, mais de 4 mil pessoas desfilaram em Alagoinhas e 9 escolas públicas municipais participaram, em 2019.

Apresentação cultural do Olodum é destaque - A programação do 7 de setembro, em Alagoinhas, contou com um diferencial, em 2019: a Administração Municipal convidou o grupo Olodum, Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia, reconhecido internacionalmente, para uma apresentação cultural que agitou o público no centro da cidade.

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Celebrando 40 anos de história, com a turnê que já percorreu 39 países, com a representatividade da cultura baiana e as referências da música brasileira, o grupo fez uma apresentação histórica em Alagoinhas, com 15 integrantes no palco, e fechou a programação do 7 de setembro.

“É um dia muito especial. O Olodum tem essa ligação forte com o Brasil, com o hino nacional, com as viagens que a gente faz para o exterior, representando a nossa cultura. A gente se orgulha de fazer o show no nosso estado, pra nossa gente, em um dia mais que especial para o brasileiro. Pra gente, é só alegria”, afirmaram Lucas di Fiori e Mateus Vidal, do grupo Olodum, que embalaram o público com grandes clássicos.

 

Fonte: Secom/Alagoinhas

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