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Ministério da Saúde pretende comprar vacina chinesa do Governo de São Paulo

Ministério da Saúde pretende comprar vacina chinesa do Governo de São Paulo

21/10/2020 às 11h29 Atualizada em 21/10/2020 às 14h29
Por: Redação
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A intenção é adquirir 46 milhões de doses da Coronavac. Distribuição será feita em todo o território brasileiro através do Programa Nacional de Imunizações.

O Ministério da Saúde assinou nesta terça-feira uma carta de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, que está sendo desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, do Governo do estado de São Paulo. O ministério pretende incluir o imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI), que distribui vacinas para todo o território brasileiro de acordo com um calendário definido pelo Governo federal de Jair Bolsonaro. Até agora, o programa previa principalmente o uso da chamada vacina de Oxford, criada pela universidade britânica junto com a Fiocruz, pertencente ao Governo Federal. O investimento na compra da vacina chinesa deverá ficar na casa dos 2,6 bilhões de reais. O medicamento, que ainda está em fase de testes, precisa ser também aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, antes de ser distribuído.

Caso se confirme, a aquisição será uma vitória política para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A luta pela inclusão da Coronavac nos planos do governo federal contra a covid-19 foi uma iniciativa do próprio Doria, que já anunciou que espera contar com a vacina chinesa até dezembro - embora tenha pela frente possíveis dificuldades no desenvolvimento. Ele vinha articulando a venda do imunizante diretamente para os governadores de outros estados, caso o Ministério da Saúde não comprasse o produto devido à rixa política entre Doria e Bolsonaro.

Nos últimos dias, o presidente criticou Doria sobre a questão da vacina. Primeiro, o presidente disse que “tem governador que está se intitulando o médico do Brasil”. Depois, ressaltou que a vacina nacional não será obrigatória - posição contrária a que Doria pretende adotar em São Paulo. “Essa pessoa está levando terror à opinião pública”, afirmou.

 

Fonte: El País | Brasil

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