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“Não vi falhas, vi pessoas de má fé”, diz vice-governador sobre fraude na compra de respiradores

“Não vi falhas, vi pessoas de má fé”, diz vice-governador sobre fraude na compra de respiradores

29/06/2020 às 14h19 Atualizada em 29/06/2020 às 17h19
Por: Redação
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Com a Operação Ragnarok e a prisão do empresário Paulo de Tarso Carlos, dono da Biogeoenergy, uma das empresas envolvidas na compra fraudada de respiradores pelo Consórcio Nordeste, o vice-governador da Bahia, João Leão, informou, na manhã desta segunda-feira, 29, durante entrevista ao ‘Isso é Bahia’, na rádio A TARDE FM, que não viu falha do governo, mas má fé do empresário ao vender equipamentos fraudados.

“Eu não vejo falha nessa história, na compra dos respiradores. Vi pessoas de má fé que fizeram isso. É normal que qualquer pessoa que quisesse resolver esse problema, agisse com a pressa natural que é necessária para combater o coronavírus e salvar vidas”, que também está à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado (SDE).

Segundo João Leão, os empresários envolvidos na fraude teriam ficado com raiva da SDE, já que a pasta teria se recusado a assinar o protocolo de concessão para uma fábrica de respiradores na Bahia sem que os equipamentos passassem por testes e sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“A primeira providência que fizemos foi mandar testar os respiradores e eles, quando foram testados – eles queriam assinar o protocolo antes do teste e eu não aceitei – apresentaram dez problemas no projeto”, alegou o vice-governador.

Quando questionado sobre a possibilidade da operação Ragnarok afetar o Governo, João Leão afirmou ter “certeza quase absoluta” que isso não iria ocorrer.

“O que aconteceu foi que teve a pressa de se comprar os equipamentos. O governador Rui Costa nem estava envolvido nisso, tem uma equipe que cuidou desta compra”, alega.

“Temos que lembrar que, antes, tínhamos comprado respiradores da China que foram sequestrados ao passarem pelos Estados Unidos. O governo americano tomou todos os respiradores, por isso a pressa”.

Entenda o caso - A ação, batizada de Ragnarok, investiga esquema de fraude na venda dos equipamentos, que seriam usados em leitos de UTI para pacientes com coronavírus. O Consórcio Nordeste comprou 300 equipamentos, com cada um custando R$ 160 mil. A Bahia desembolsou o maior valor entre os estados nordestinos, já que adquiriu a maior quantidade de ventiladores – 60 no total -, enquanto os outros estados compraram 30, cada.

O governo da Bahia chegou a cogitar a assinatura de protocolo de intenções com a Bioenergy, no início de maio, para instalação de uma fábrica de respiradores no estado. Mas João Leão informou, na ocasião, que a parceria só seria fechada quando a empresa obtivesse autorização da Anvisa para fabricar os ventiladores, o que não ocorreu.

A operação, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, através da Superintendência de Inteligência, teve participação da Polícia Civil da Bahia, através da Coordenação de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública, da Polícia Civil de SP, do Distrito Federal e do Ministério Público da Bahia.

 

Fonte: Jornal A Tarde

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