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Polícia do Rio prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco

Polícia do Rio prende suspeitos do assassinato de Marielle Franco

12/03/2019 às 11h55 Atualizada em 12/03/2019 às 14h55
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Um policial militar reformado e um ex-PM foram presos na madrugada de hoje suspeitos de participação direta no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista do carro em que ela estava, Anderson Gomes. O crime completa um ano na próxima quinta (14). O policial reformado Ronnie Lessa, 48, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 46, foram alvos da Operação Lume, realizada em conjunto pela Polícia Civil com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Segundo a Promotoria, Lessa é apontado como o autor dos disparos que matou os dois. Já Queiroz, que foi expulso da PM, estaria conduzindo o carro usado no crime, de acordo com as investigações. Os dois foram denunciados pelo MP por duplo homicídio qualificado. O UOL ainda não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.

Até agora, apesar das prisão de hoje, a polícia não deu informações sobre a motivação do crime e se ele teve um ou mais mandantes. Duas entrevistas coletivas (uma com o governador Wilson Witzel (PSC) e outra do MP) estão previstas para hoje. No carro onde estavam Marielle e Anderson, também estava a assessora da parlamentar Fernanda Chaves, que não foi atingida pelos disparos. Os dois suspeitos também foram denunciados pelo MP por tentativa de homicídio contra ela.

LESSA FOI PRESO EM CONDOMÍNIO ONDE BOLSONARO TEM CASA Lessa foi preso em sua casa, no mesmo condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem uma casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Contra Lessa, o MP também pediu a suspensão da sua remuneração e do porte de arma de fogo do policial militar reformado. A Promotoria também pede que se pague uma indenização por danos morais aos familiares das vítimas, além de que seja fixada uma pensão em favor do filho menor de Anderson até que ele complete 24 anos de idade. Atualmente, ele possui dois anos de idade. Além das prisões, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos. O objetivo é apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos. "A empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado", diz a Promotoria. O MP diz que "é inconteste que Marielle foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia". Para os promotores, o assassinato foi um golpe ao "Estado Democrático de Direito".

LESSA PESQUISOU SOBRE MARIELLE, DIZ MP De acordo com as investigações, Lessa fez pesquisas regulares na internet sobre os locais que Marielle frequentava. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e o, na época, interventor na segurança pública do Rio, o general Braga Neto, também eram alvo de buscas na rede. No Twitter, Freixo criticou a demora da investigação. "As prisões dos executores de Marielle e Anderson são importantes e tardias. É inaceitável que se demore um ano para termos alguma resposta. É um passo decisivo, mas o caso não está resolvido. É fundamental saber quem mandou matar e qual a motivação".

O nome da operação, Lume, é uma referência a uma praça no centro da capital fluminense conhecida como Buraco do Lume. No local, Marielle desenvolvia um projeto chamado "Lume Feminista". Lá, ela também costumava se reunir com outros defensores dos Direitos Humanos e integrantes do PSOL. De acordo com o MP, outro motivo para o nome é que a expressão "trazer a lume" significa "trazer ao conhecimento público, vir à luz".

QUEIROZ FOI EXPULSO DA PM POR FAZER SEGURANÇA ILEGAL Suspeito de ser o motorista do carro usado no crime, Queiroz foi expulso da Polícia Militar por fazer segurança ilegal em uma casa de jogos de azar no Rio de Janeiro. Ele foi um dos 43 denunciados pela Operação Guilhotina, deflagrada em fevereiro de 2011 pela Polícia Federal.

A investigação revelou um esquema de corrupção policial que incluía a venda de informações sobre operações e de espólio de guerra do tráfico, além do serviço ilegal de vigilância. De acordo com a denúncia do MP do Rio, Queiroz fazia parte um grupo de 13 pessoas que atuava como segurança em casas de jogos de azar no bairros de Bonsucesso, Barra do Guaratiba e Botafogo. À época, ele estava lotado no 16º Batalhão da PM (Olaria).

Em 2016, a Corregedoria Geral Unificada da Secretaria da Segurança Pública decidiu expulsar Élcio e pelo menos outros sete PMs da corporação.

 

Fonte: Uol notícias

 

 

 

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