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Relações comerciais - Brasil já exporta US$ 1 bilhão para a China a cada 60 horas e Kátia Abreu defende prioridade para a Ásia

Relações comerciais - Brasil já exporta US$ 1 bilhão para a China a cada 60 horas e Kátia Abreu defende prioridade para a Ásia

23/08/2021 às 11h43 Atualizada em 23/08/2021 às 14h43
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Senadores querem modernizar o sistema de distribuição de postos diplomáticos no exterior e priorizar nações com maiores relações comerciais com o Brasil.

Atualmente, a manutenção dos 216 postos diplomáticos do Brasil no exterior consome cerca de 80% do orçamento anual do MRE brasileiro. Parlamentares pedem revisão da divisão de postos e foco em países asiáticos.

Senadores querem modernizar o sistema de distribuição de postos diplomáticos no exterior e priorizar nações com maiores relações comerciais com o Brasil, de acordo com a revista Veja.

O intuito dos parlamentares é convencer o Executivo de que países da Ásia devem ser tratados como parceiros preferenciais, e que não faz mais sentido manter embaixadas e consulados em locais tradicionais que não estão gerando tanta renda para as exportações brasileiras.

Para sustentar o argumento, os senadores citam dados que mostram uma grande diferença nas exportações no primeiro semestre desse ano. Por exemplo, o Brasil exportou mais para a Índia do que para o Reino Unido, mais para Cingapura do que para a Alemanha, mais para a Coreia do Sul do que para a Espanha.

A presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Kátia Abreu (Progressistas -TO), disse que as exportações brasileiras para a Ásia, excluindo a China, são maiores do que tudo que o Brasil vende para União Europeia.

Kátia Abreu (Progressistas -TO)

Entretanto, a presidente complementa que "o comércio Brasil - China é de aproximadamente US$ 1 bilhão [R$ 5,4 bilhões] a cada 60 horas".

Segundo a mídia, diante desses dados, os parlamentares instaram o chanceler Carlos Alberto Franco França a dar explicações sobre a produtividade e as vantagens comerciais da permanência de embaixadas em países com baixo fluxo de negócios com o país.

Em 2019 e 2020, o Itamaraty já fez um corte de 140 postos visando reduzir custos, principalmente no Estados Unidos e na Europa, mas ainda mantém, no total, 61 representações na Europa, 42 na América do Sul, 37 na África, 29 na Ásia e Oceania, 20 na América do Norte, 15 na América Central e Caribe e 12 no Oriente Médio e Ásia Central.

Atualmente, a manutenção dos 216 postos diplomáticos do Brasil no exterior consome cerca de 80% do orçamento anual do Ministério de Relações Exteriores, de acordo com a mídia.

"A manutenção de ampla rede de postos no exterior representa desafio orçamentário ao ltamaraty, uma vez que seu custeio se dá em moeda estrangeira, e, ao longo da última década, o real desvalorizou-se fortemente em relação ao dólar norte-americano. […] O orçamento do MRE em 2021 é o segundo menor dos últimos cinco anos", disse França em um ofício enviado ao Senado.

Esse ano, o Brasil desativou seus postos em sete países visando a diminuição orçamentária, foram eles: Serra Leoa, Libéria, Antígua e Barbuda, Granada, São Cristóvão e Névis e São Vicente e Granadinas. O consulado na Cidade do México, no México, também foi cancelado.

 

Fonte: Brasil 247

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