Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso deve homologar a delação premiada do empresário José Seripieri Filho, o fundador das operadoras de planos de saúde Qualicorp e QSaúde, conhecido como Júnior.
O acordo foi fechado em 26 de novembro pela Procuradoria Geral da República (PGR), como é exigido em casos que envolvem pessoas com foro privilegiado. Segundo fontes que participaram da negociação, a delação tem duas partes: em uma, Júnior dá detalhes do pagamento de propina a diversos políticos por meio de caixa dois nas eleições de 2014.
A segunda é a que assusta o setor de saúde privada brasileiro, por contemplar detalhes do esquema que levou à aprovação pelo Congresso Nacional de uma medida provisória que dava benefícios tributários às operadoras de planos.
Como parte do acordo, Júnior vai pagar uma multa de 200 milhões de reais. O empresário decidiu fazer a delação após ficar preso por três dias, em julho, em meio à operação Paralelo 23 da Polícia Federal, a terceira fase da Lava-Jato eleitoral em São Paulo.
O empresário deixou a Qualicorp em 2019, 22 anos após fundar a operadora e criar novos produtos como o plano coletivo por adesão. Em outubro, lançou a Qsaúde, que tem como foco os planos individuais.
Fonte: Revista Exame
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