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Supostas candidatas laranjas do PSL em Pernambuco receberam R$ 778 mil do partido e somaram 3 mil votos

Supostas candidatas laranjas do PSL em Pernambuco receberam R$ 778 mil do partido e somaram 3 mil votos

16/10/2019 às 10h31 Atualizada em 16/10/2019 às 13h31
Por: Redação
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Luciano Bivar e outros dirigentes do partido de Bolsonaro são investigados por caixa dois e apropriação de recursos eleitorais.

O presidente do PSL , Luciano Bivar , é investigado pelo suposto uso de três falsas candidatas, ou candidatas laranjas, nas eleições do ano passado em Pernambuco com o objetivo de desviar dinheiro público do fundo eleitoral. As três candidatas a deputada pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, receberam R$ 778 mil do fundo eleitoral, segundo as prestações de contas à Justiça Eleitoral, e obtiveram apenas 3.303 votos.

Bivar e outros dirigentes do PSL de Pernambuco são investigados pela suposta prática de caixa dois e apropriação de recursos eleitorais, crimes previstos nos artigos  350 e 354A, do Código Eleitoral. Para a Polícia Federal, as mulheres teriam cedido os nomes como uma forma de acobertar desvios do fundo partidário para outras finalidades  não previstas na lei eleitoral. Não há informação se os recursos foram usados em outras campanhas eleitorais.

Pela regras em vigor, 30% do fundo eleitoral teria que ser empregado em campanhas femininas. O Ministério Público endossou as suspeitas da polícia nos pedidos que deram origem às buscas em endereços de Bivar e outras pessoas vinculadas ao PSL, em Recife. As supostas laranjas seriam Maria de Lourdes, Erica Siqueira e Mariane Nunes. Maria de Lourdes recebeu R$ 400 mil e teve 274 votos.Erica Siqueira foi destinatária de R$ 250 mil e obteve 1.315 votos. Mariane teria sido contemplada com R$ 128 mil e amealhou apenas 1.714 votos.

As buscas foram autorizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco ontem. Seis dos sete desembargadores eleitorais entenderam que os indícios recolhidos pela polícia seriam suficientes para justificar a medida de força. O placar só não foi 7 x 0 porque um dos desembargadores entendeu que as buscas não seriam necessárias em alguns dos endereços indicados pela polícia.

 

Fonte: Jornal O Globo

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