Analisando a abertura ou não do comércio local, recebi com preocupação a noticia do surgimento de um novo caso confirmado de coronavírus em Alagoinhas. No entanto, o fato de ser um caso importado, vez que a contaminação se deu em Salvador, afasta a ameaça de uma contaminação comunitária e ameniza o risco da abertura do comercio.
Claro que comungo com a ideia do isolamento, mas não como está ocorrendo em Alagoinhas, com inúmeros estabelecimentos abertos, ou fingindo que estão fechados mas atendendo de forma precária e sorrateira. Os segmentos que foram autorizados a funcionar não respeitam as restrições ou o fazem de forma displicente, sem um comprometimento real.
Essa situação me levou a pensar que melhor seria abrir todo o comércio, com regras efetivas e rigorosas, do que fingir que estamos realmente vivenciando um isolamento social sério.
Entendo a posição da direção do Núcleo Regional de Saúde Nordeste, é absolutamente correto se opor à abertura do comércio da perspectiva exclusiva da saúde, mas o prefeito tem um espectro mais amplo a considerar. A economia local, que vinha se ressentindo da situação do país em decorrência da política equivocada do governo federal, está sendo derrotada pelo coronavírus, o que se reflete no comércio, e na arrecadação municipal, provocando, em efeito cascata, uma série de problemas que afligem a todos.
Como enfrentar esse dilema? Cheguei à conclusão que melhor seria abrir o comércio, observando rigorosamente as seguintes medidas:
Abre o comércio, mas não as escolas públicas e privadas. Setores da prefeitura continuam funcionando em home office. O transporte alternativo segue suspenso.
As medidas restritivas impostas aos comerciantes devem ser objeto de TAC - Termo de Ajuste de Conduta, assinado com o Ministério Público, pelos dirigentes dos órgãos que representam empregadores e empregados e pela prefeitura, todos responsáveis pelo cumprimento das determinações. O que se ajustaria no TAC?
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